quarta-feira, 27 de outubro de 2010

E o tempo passa!...

Vera Pinheiro

É impressionante como o tempo passa e não tenho tempo para fazer o que gostaria. Acho tempo para fazer o que preciso, mas adoraria me dedicar a atividades que festejam o meu espírito e que não são obrigatórias, apenas prazerosas.

Por conta do horário de verão tenho a sensação de que eu acordo atrasada todos os dias! E é um fato. O celular me desperta no horário de sempre, às 6h, mas meu corpo sabe que não é a hora de ele acordar e me faz virar para o lado e dormir mais um pouquinho. Essa briga vai até que termine o horário de verão, então nem adianta me aborrecer com atrasos. Em compensação, adoro sair do trabalho a tempo de ver o entardecer e chegar em casa antes de a noite se apresentar.

Queria mais tempo para ver o amanhecer. Sem relógio nem pressa, horário a cumprir, um monte de coisas para fazer. Saudar o dia que se encerra e o anoitecer, e ter de sobra algumas horas vazias para ficar à toa, contemplando o existir.

A vida continua acontecendo independente dos meus atrasos, da minha pressa e da falta de tempo para o que eu gostaria de fazer (ou não). Quero acompanhar com mais atenção o desenrolar da vida em cada momento, não passar por ela como se não a visse, por estar atrasada para ir a algum lugar ou por me deslocar no tempo no ritmo da ansiedade porque tenho de fazer alguma coisa.

Não quero a surpresa e o susto de perceber que, putz, o tempo passa! E fiz tão pouco. Quero fluir com o tempo e me alegrar com os instantes, dançar vagarosamente com os minutos e ficar feliz porque, se o tempo passa, as lembranças ficam. Só as boas, claro. As nem tanto faço questão de esquecer! E posso!

Um comentário:

  1. É uma verdade, mas viver cada momento intensamente diminui a sensação que o tempo passou e não se percebeu.

    Não morro de amores pelo horário de verão. Quando o meu organismo começa a se adaptar o horário de verão expira.

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