segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Susto no banho

Vera Pinheiro
 Vivi uma cena cinematográfica ontem, quando estava no recesso do meu lar, doce lar. Sozinha em casa, esperei realizar todas as ligações telefônicas, as dadas e as recebidas, para então tomar o banho noturno e cair na cama para dormir como uma santa, sem dívidas nem pecados. Como uma princesa, melhor dizendo. Vai que eu sonhe com um sapo. Sempre existe a possibilidade de que ele se transforme em um príncipe encantador e que ocupe o lugar que hoje é do meu gatão. Estou falando do Happy, que assume o lugar vazio ao lado do meu travesseiro, posando de marido, e ninguém o tira de lá. Ainda bem que eu não confundo os pelos nem os bigodes...

Pois lá pelas tantas, fui para o chuveiro. Hummmm, que delícia aquela água morninha caindo sobre a pele e eu pensando em nada, me refrescando... Parecia estar numa propaganda de sabonete, bela e feliz.

De repente...Catabum! Um trovão daqueles que faz a gente se esconder embaixo da cama e correr para o urinol. Ah, os jovens não sabem o que é um urinol.Quem se lembra daquela peça branquinha, cujo conteúdo a gente jogava fora de manhã cedo? Ai, deixa quieto esse saudosismo absurdo!

Um corisco cortou os céus e pude ver a faísca pela janelinha do banheiro e antes que o próximo trovão viesse... a luz apagou. Eu, nua, no chuveiro que começava a esfriar, e ainda ensaboada. Não tive dúvidas! Dei com a mão na porta do Box e voei para o lado de fora. O coração estava aos pulos! Que susto!

Pelada e no escuro, fui atrás de velas que, graças à minha fantástica organização, sempre sei onde tem, como tudo em casa. A luz voltou quando eu já estava na cama, no quinto sono. Depois do caso passado, uma decisão: tomar banho de chinelinhos de borracha, tipo havaianas.

Não sei se me livra do perigo no caso de estar no banho e acontecer o mesmo de ontem, mas pretendo adotar essa medida de prevenção.

Ah, sim. O chuveiro ficou ligado até que eu colocasse os pés em um chinelo de borracha. Levei um susto, sim, mas tratei de me acalmar logo. Só não me lembro se gritei. Acho que sim, porque a cachorrada correu para a porta para me acudir. Ufa, passou.

2 comentários:

  1. Caramba!!!! Que susto. Eu teria feito a mesma coisa. Sairia pelada com as mãos no bolso e entraria debaixo das cobertas, mas não, para encontrar um gatinho bonitinho, que por sinal é meu afilhado, mas sim, um gatão forte e perfumado. Ah!Ah!
    Excelente opção pelo uso de sandálias de borracha. A minha filhota Paula não toma banho descalça. Não sei se é por nojo ou por precaução contra choques embaixo do chuveiro.

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  2. Querida, SE eu pudesse escolher faria isso também... Como não é o caso, não tendo um gatão forte e perfumado, fico com o gatinho bonitinho, todo fofo. E jamais vi gato mais fiel e carinhoso!
    Beijos. Miau!

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